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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Nunca desfalecer - Fonte viva - Capítulo 61

Orar sempre e nunca desfalecer. 
(Lucas, 18:1.)



Não permitas que os problemas externos, inclusive os do próprio corpo, te inabilitem para o serviço da tua iluminação.

Enquanto te encontrares no plano de exercício, qual a crosta da Terra, sempre serás defrontado pela dificuldade e pela dor.

A lição dada é caminho para novas lições.

Atrás do enigma resolvido, outros enigmas aparecem.

Outra não pode ser a função da escola, senão ensinar, exercitar e aperfeiçoar.

Enche-te, pois, de calma e bom ânimo, em todas as situações.

Foste colocado entre obstáculos mil de natureza estranha, para que, vencendo inibições fora de ti, aprendas a superar tuas limitações.

Enquanto a comunidade terrestre não se adaptar à nova luz, respirarás cercado de lágrimas inquietantes, de gestos impensados e de sentimentos escuros.

Dispõe-te a desculpar e auxiliar sempre, a fim de que não percas a gloriosa oportunidade de crescimento espiritual.

Lembra-te de todas as aflições que rodearam o espírito cristão, no mundo desde a vinda do Senhor.

Onde está o Sinédrio que condenou o Amigo celeste à morte?

Onde os romanos vaidosos e dominadores?

Onde os guerreiros que fizeram correr, por causa do Evangelho, rios escuros de sangue e suor?

Onde os príncipes astutos que combateram e negociaram em nome do Renovador crucificado?

Onde as trevas da Idade Média?

Onde os políticos e inquisidores de todos os matizes, que feriram em nome do excelso Benfeitor?

Arrojados pelo tempo aos despenhadeiros de cinza, fortaleceram e consolidaram o pedestal de luz, em que a figura do Cristo resplandece, cada vez mais gloriosa, no governo dos séculos.

Centraliza-te no esforço de ajudar no bem comum, seguindo com a tua cruz, ao encontro da ressurreição divina. Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda que antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo, amando e nunca desfalecer.


(Fonte Viva, de Chico Xavier/Emmanuel. 1a edição. 2013. Federação Espírita Brasileira)

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Sem maledicência e com amor ao próximo

Ramana Maharichi e Paul Brunton

Paul Brunton, no livro "A Índia Secreta", conta um fato acontecido com o yogue Ramana Maharichi,  segundo ele, um sábio que vivia numa ermida no coração da Índia, cercado de alguns discípulo.

Jamais esqueci essa história, porque ela, para mim ilustrou de maneira contundente, como é possível evitar cair nas teias da maledicência. Ontem reencontrei esse texto e transcrevo-o abaixo:

"De uma feita, quando um grupo de visitantes e discípulos estavam reunidos na sala grande, alguém veio anunciar a morte de um malfeitor, cuja má fama era conhecida em toda a redondeza. Logo se iniciou uma discussão; examinaram-se traços do seu caráter e de suas más ações, cuja lembrança estava ainda presente na memória de todos. Quando a conversa se acalmou, o Sábio, que não dissera nada até então, deixou cair estas simples palavras:

- Pois sim; mas ele era muito limpo, tomava banho duas ou três vezes por dia."

Aproveito para narrar outro episódio da vida de Ramana Maharichi, descrito na mesma obra:

"Uma vez, faz pouco tempo, um bando de ladrões penetrou na sala onde Maharichi estava só. Os malfeitores, por não haverem quase nada encontrado senão algumas rupias confiadas ao discípulo, encarregado da despensa do eremitério, acabaram batendo no Maharichi a pauladas. O Sábio, não somente sofreu com paciência, mas ofereceu-lhes de comer. Sendo incapaz de ódio, cheio de piedade para com eles, deplorando sua ignorância espiritual, deixou que saíssem livremente."

04/10/2019



quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Avareza - Compromissos Iluminativos

(Trechos do Livro "Compromissos Iluminativos", do espírito Bezerra de Menezes e do Médium Divaldo Pereira Franco, capítulo "Avareza")


São avaros, os ricos de moedas que se olvidam dos carentes de pão.

A avareza tipifica os portadores de títulos, de pedra preciosas e metais nobres, enquanto campeia a dor por ausência de socorro.

São avaros, os potentados terrestres que usufruem dos recursos que a vida lhes empresta, sem recordarem dos que enxameiam na miséria ao derredor, vitimados pela escassez que os devora.

A avareza está presente no portadores de notas fiduciárias acumuladas em cofres-fortes da usura, ante os celeiros vazios de grãos para as multidões esfaimadas.

São avaros, os que dispõem de saúde física e mental e a desperdiçam nos jogos da egolatria e do prazer pessoal, sem a coragem de a investir em benefício da enfermidade que está rogando ajuda.

Há a avareza do poder, com estranho olvido pela fragilidade do necessitado.

São avaros, os que brilham na arte e poderiam converter os tesouros de que se fazem objeto, para enriquecer de beleza os que ainda estão mergulhados na brutalidade do primitivismo, vendendo a alma, na miséria que os ensandece.

Há avareza, na beleza física jogada ao comércio da carne, quando poderia transformar-se em luzeiro para atrair os que perderam a alegria de viver e sucumbem nas depressões nefastas e nas psicoses corrosivas.

São avaros, os que, dotados da palavra fácil, portadora de luz, encarceram-na no silêncio da vaidade aniquiladora, ou da crítica mordaz que destrói com azedume, antes que edifique vidas.

A avareza se caracteriza pela conduta de quem apenas vê o seu lado a desserviço dos objetivos da vida de quem aguarda o ensejo para prosseguir.

Avaros, são todos aqueles que vertem para si, que desfrutam em torno de si e que vivem para si.

A avareza é o câncer que corrói interiormente as vidas destituídas de ideal imortalista e de finalidade superior.

(...)

Jesus é o libertador dessa avareza, que vem gerando na Terra os senhores de coisa-nenhuma, escravos de si mesmos, possuidores de ilusões e presidiários das paixões dissolventes.



sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Anjo da Guarda


É efetivamente certo que, quem quer que sejamos, homem ou Espírito, sábios ou ignorantes, piedosos ou incrédulos, bons ou maus, possuiremos sempre, nas regiões esclarecidas do Espaço, u grupo de entidades amigas e protetoras, que por nosso futuro e bem-estar moral-espiritual zelarão devotadamente, cuidadosos de nosso progresso, tentando desviar-nos de caminhos precipitosos e quedas irremediáveis. Se lhes permitíssemos afinidades plenas, através de forças mentais harmoniosas, seríamos pelas mesmas entidades advertidos no momentos decisivos da existência, quando na iminência gravosa de um desvio do caminho reto do dever, de uma reparação, de um resgate de erros pretéritos, de uma realização meritória. Em sonhos, através de visões elucidadoras, por intuições nascida do coração em murmúrios secretos, por um pressentimento genial, somos sempre, pelos nobres amigos espirituais, advertidos ou orientados; e se tais possibilidades falham, servem-se eles de pessoas que vivem junto de nós, a fim de nos aconselharem momentaneamente, tanto quanto possível, quando estiver em jogo o nosso destino.

O Espírito Charles, pela psicografia de Yvonne A. Pereira em "Nas voragens do pecado".

domingo, 12 de maio de 2019

Gestação sublime - Recados do meu coração


A você, querida mãezinha, que pensa na possibilidade de cometer o aborto, pedimos encarecidamente que reveja as próprias intenções a fim de não ver agravado o quadro de amarguras que hoje a envolve, O aborto é um ato de violência contra um ser indefeso, catalogado pelos códigos celestes como crime hediondo, que não resolve problema algum em nosso caminho, antes aumenta consideravelmente a carga de aflições daquele que o pratica.

Como as leis divinas se acham esculpidas em nossa consciência, todo ato de violência acaba repercutindo primeiramente em quem a comete, que passará a sofrer, no corpo e na alma, as consequências negativas do desequilíbrio consciencial.

Além do mais, o aborto não nos livra da presença do espírito expulso do ventre materno. Não raro, o espírito abortado, que se tornaria no futuro em benfeitor da mãe e do próprio núcleo familiar, converte-se, pelo aborto de que foi vítima indefesa, em inimigo ferrenho daqueles que lhe impediram o renascimento na carne, cuja reencarnação lhe traria valiosas oportunidades de progresso e paz. Frustrado em seu desejo de renascer e progredir, revolta-se e passa a perseguir os que lhe negaram a oportunidade de ser feliz dando margem a obsessões graves, de tratamento longo e laborioso, com repercussões na saúde fisiopsíquica da mulher, que lhe custará longos períodos de tratamento.

Portanto, mãezinha, mesmo que a gestação nos imponha pesados sacrifícios, será sempre preferível levá-la a bom termo, porque o amor sempre é o responsável pelos maiores benefícios que conquistamos em nossa vida, enquanto o egoísmo é a escada fácil de acesso a tudo o quanto ocorrer de mal em nossa jornada.

Experimente o amor, abençoada mãe, nada tema, Jesus é conosco quando nos decidimos a amar. A gestação, quando bem compreendida e vivida, traduz-se num dos momentos de maior elevação espiritual que a mulher experimenta em sua jornada terrena. Não esqueça, filha, que Nossa Mãe Santíssima se incumbe de lhe guiar os passos na senda da sublime gestação. Ela que tão bem soube servir a Deus recebendo o Cristo em seu ventre, passando pelos mais graves perigos e dando os mais excelsos testemunhos de amor e abnegação em favor da família humana. Maria é por você, mulher, siga-lhe os passos, imite-lhe os exemplos de coragem e abnegação e assim você sairá vencedora deste mundo como a mulher valorosa que soube dignificar a vida em detrimento daquelas que sofrem por não terem optado pelo amor como a melhor solução para suas vidas.

Dr. Bezerra de Menezes, pela psicografia de José Carlos de Lucca em "Recados do meu Coração".