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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Sem maledicência e com amor ao próximo

Ramana Maharichi e Paul Brunton

Paul Brunton, no livro "A Índia Secreta", conta um fato acontecido com o yogue Ramana Maharichi,  segundo ele, um sábio que vivia numa ermida no coração da Índia, cercado de alguns discípulo.

Jamais esqueci essa história, porque ela, para mim ilustrou de maneira contundente, como é possível evitar cair nas teias da maledicência. Ontem reencontrei esse texto e transcrevo-o abaixo:

"De uma feita, quando um grupo de visitantes e discípulos estavam reunidos na sala grande, alguém veio anunciar a morte de um malfeitor, cuja má fama era conhecida em toda a redondeza. Logo se iniciou uma discussão; examinaram-se traços do seu caráter e de suas más ações, cuja lembrança estava ainda presente na memória de todos. Quando a conversa se acalmou, o Sábio, que não dissera nada até então, deixou cair estas simples palavras:

- Pois sim; mas ele era muito limpo, tomava banho duas ou três vezes por dia."

Aproveito para narrar outro episódio da vida de Ramana Maharichi, descrito na mesma obra:

"Uma vez, faz pouco tempo, um bando de ladrões penetrou na sala onde Maharichi estava só. Os malfeitores, por não haverem quase nada encontrado senão algumas rupias confiadas ao discípulo, encarregado da despensa do eremitério, acabaram batendo no Maharichi a pauladas. O Sábio, não somente sofreu com paciência, mas ofereceu-lhes de comer. Sendo incapaz de ódio, cheio de piedade para com eles, deplorando sua ignorância espiritual, deixou que saíssem livremente."

04/10/2019



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