(Trechos do Livro "Compromissos Iluminativos", do espírito Bezerra de Menezes e do Médium Divaldo Pereira Franco, capítulo "Avareza")
São avaros, os ricos de moedas que se olvidam dos carentes de pão.
A avareza tipifica os portadores de títulos, de pedra preciosas e metais nobres, enquanto campeia a dor por ausência de socorro.
São avaros, os potentados terrestres que usufruem dos recursos que a vida lhes empresta, sem recordarem dos que enxameiam na miséria ao derredor, vitimados pela escassez que os devora.
A avareza está presente no portadores de notas fiduciárias acumuladas em cofres-fortes da usura, ante os celeiros vazios de grãos para as multidões esfaimadas.
São avaros, os que dispõem de saúde física e mental e a desperdiçam nos jogos da egolatria e do prazer pessoal, sem a coragem de a investir em benefício da enfermidade que está rogando ajuda.
Há a avareza do poder, com estranho olvido pela fragilidade do necessitado.
São avaros, os que brilham na arte e poderiam converter os tesouros de que se fazem objeto, para enriquecer de beleza os que ainda estão mergulhados na brutalidade do primitivismo, vendendo a alma, na miséria que os ensandece.
Há avareza, na beleza física jogada ao comércio da carne, quando poderia transformar-se em luzeiro para atrair os que perderam a alegria de viver e sucumbem nas depressões nefastas e nas psicoses corrosivas.
São avaros, os que, dotados da palavra fácil, portadora de luz, encarceram-na no silêncio da vaidade aniquiladora, ou da crítica mordaz que destrói com azedume, antes que edifique vidas.
A avareza se caracteriza pela conduta de quem apenas vê o seu lado a desserviço dos objetivos da vida de quem aguarda o ensejo para prosseguir.
Avaros, são todos aqueles que vertem para si, que desfrutam em torno de si e que vivem para si.
A avareza é o câncer que corrói interiormente as vidas destituídas de ideal imortalista e de finalidade superior.
(...)
Jesus é o libertador dessa avareza, que vem gerando na Terra os senhores de coisa-nenhuma, escravos de si mesmos, possuidores de ilusões e presidiários das paixões dissolventes.
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