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quarta-feira, 8 de março de 2017

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XIX - 12 - A Fé Transporta Montanhas

A fé divina e a fé humana



12. No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros: é a consciência que el tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.

Até o presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a preconizou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação. A exemplo de Jesus, os apóstolos também não operaram milagres? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos naturais cujas causas eram desconhecidas pelos homens de então, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que se tornarão completamente compreensíveis pelo estudo do Espiritismo e do magnetismo?

A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há d chegar ao objetivo que tem em vista, e essa certeza lhe dá uma força imensa. O homem de bem, que, crente em seu futuro celeste, deseja preencher a sua existência de belas e nobres ações, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí  se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há mais pendores que não se consiga vencer.

O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres.

Repito: A fé é humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem convencidos da força que trazem em si, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que, até hoje, eles chamam prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas. - Um Espírito protetor. (Paris, 1863.)

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