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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Vendo mais além..

( Do livro "Lindos Casos de Chico Xavier", de Ramiro Gama. 22a edição. 2014. Livraria Allan Kardec Editora)


Em fins de 1945, o irmão Agostinho João de Deus adquirira malária. E foi a Pedro Leopoldo pedir ao Chico uma receita. Chico o atendeu prontamente. Na receita vinha o medicamento ATEBRINA (1). E, ao entregar-lhe a receita, considerou:

- Agostinho, este remédio é alemão e, em virtude da guerra mundial, está muito escasso nas farmácias. - Pensou um pouco e, como quem procurava ver mais além, concluiu:

- Mas você vai encontrá-lo numa das farmácias de Sabará, que ainda possui meia dúzia dele...

Agostinho agradeceu ao Chico e partiu... Em Belo Horizonte procurou-o em várias drogarias e farmácias e não o encontrou. Chegando a Sabará, foi incontinenti procurá-lo. E, de fato, numa das três farmácias existentes, encontrou meia dúzia de vidros de ATEBRINA...

Tomou-o e, graças a Deus, com um só vidro, ficou curado.

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Notas:

(1) Atebrina: droga anti-malárica desenvolvida nos anos 30 e muito utilizada durante a segunda guerra mundial. Descontinuada nos dias atuais.

(2) É interessante observar o paralelismo entre este episódio e pelo menos três narrativas evangélicas, em que a mesma capacidade de conhecer o que está fora do alcance dos olhos físicos é demonstrada por Jesus.

A primeira referência é de Lucas (a), 5: 1-5

"Certa vez em que a multidão se comprimia ao redor dele para ouvir a palavra de Deus, à margem do lago de Genesaré, viu dois pequenos barcos parados à margem do lago; os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. Subindo num dos barcos, o de Simão, pediu-lhe que afastasse um pouco da terra; depois, sentando-se ensinava do barco às multidões.

Quando acabou de falar, disse a Simão: 'Faze-te ao largo; lançai vossas redes para a pesca'. Simão respondeu: 'Mestre, trabalhamos a noite inteira sem nada apanhar; mas, porque mandas, lançarei as redes'. Fizeram isso e apanharam tamanha quantidade de peixes que suas redes se rompiam."

Depois vemos em Marcos, 11: 1-4 (também em Mateus, 21: 1-7 e Lucas, 19: 29-32):

"Ao se aproximarem de Jerusalém, diante de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: 'Ide ao povoado que está à vossa frente. Entrando nele, encontrareis imediatamente um jumentinho amarrado, que ninguém montou ainda. Soltai-o e trazei-o. E se alguém vos disser: Por que fazeis isso?, dizei: O Senhor precisa dele, e logo o mandará de volta. Foram, e acharam um jumentinho amarrado na rua junto a uma porta, e o soltaram."

E ainda em Mateus, 17: 24

"Quando chegaram a Cafarnaum, os coletores da didracma (b) aproximaram-se de Pedro e lhe perguntaram: 'Vosso mestre não paga a didracma?' Pedro respondeu: 'Sim'. Ao entrar em casa, Jesus antecipou-se-lhe, dizendo: 'Que te parece, Simão? De quem recebem os reis da terra tributos ou impostos? Dos seus filhos ou dos estranhos? Como ele respondesse 'Dos estranhos', Jesus lhe disse: 'Logo, os filhos estão isentos. Mas para que não os escandalizemos, vai ao mar e joga o anzol. O primeiro peixe que subir segura-o e abre-lhe a boca. Acarás aí um estáter (c). Pega-o e entrega-o a eles por mim e por ti.'"

(a) As referência ao novo testamento, acima, foram transcritas da "Bíblia de Jerusalém", Paulus Editora. São Paulo. Brasil. 1a edição (2002), 9a reimpressão (2013).
(b) Didracma: Impostoo antual e pessoal para cobrir as necessidades do templo (Notas dos tradutores da "Bíblia de Jerusalém")
(c) Estáter: moeda grega antiga, cunhada em ouro ou prata.

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