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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XIX - 11 - A Fé Transporta Montanhas

Instruções dos Espíritos

A fé: mãe da esperança e da caridade



11. Para ser proveitosa, a fé deve ser ativa; não pode entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.

A esperança e a caridade são uma consequência da fé. Essas três virtudes formam uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?

A fé, divina inspiração de Deus, desperta todos os instintos nobres que conduzem o homem ao bem; é a base da regeneração. É preciso, portanto, que essa base seja forte e durável, porque, se a mais ligeira dúvida vier abalá-la, que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai pois, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Que a vossa fé seja mais forte do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta(a) o ridículo dos homens, não é fé verdadeira.

A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não a tinham, ou mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma, ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo de vossa fé, para que penetre nos homens. Pregai pelo exemplo de vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança inabalável, a fim de lhes permitirdes ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.

Tende, pois, a fé, em tudo o que ela contém de belo e de bom, em sua pureza e em sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, filha cega da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo por que o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo por que acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do fim que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé. - José. Espírito protetor. (Bordeaux, 1862.)
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(a) Na versão francesa, esse trecho tem a seguinte redação:

"que votre foi soit plus forte que les sophismes et les railleries des incrédules, car la foi qui ne brave pas le ridicule des hommes n'est pas la vraie foi."

A expressão "la foi qui ne brave le ridicule des hommes", acima, foi traduzida para o português por "a fé que não afronta o ridículo dos homens" (que poderia significar "a fé que não ultraja - ou injuria - o ridículo dos homens"). Uma tradução alternativa poderia ser: "a fé que não enfrenta o ridículo dos homens".

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