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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O Evangelho Segundo o Espíritismo - Capítulo III - 13 a 15 - Há Muitas Moradas na Casa de meu Pai

Mundos de expiações e de provas


13. Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta considereis a Terra em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair da mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram inclinados representam indício de grande imperfeição moral. Por isso Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem aí suas falhas, através de trabalhos penosos e misérias da vida, até que mereçam passar para um mundo mais feliz.

14. Entretanto, nem todos os Espíritos encarnados na Terra aqui se acham em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se encontram, a bem dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contato com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se desenvolveram pouco a pouco em longos períodos seculares, conseguindo, algumas delas, atingir o aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os espíritos em expiação, se nos podemos exprimir desse modos, são exóticos na Terra; já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se constituírem em causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. É por isso que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. São para estas, também, que as misérias da vida se revestem de maior amargura, por haver nelas maior sensibilidade por serem mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado (ver nota explicativa).

15. A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas que têm, como caráter comum, o fato de servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo reverta em proveito do progresso do Espírito - Santo Agostinho (Paris, 1862.)


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