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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Capítulo XVII - 10 - Sede Perfeitos

O homem no mundo

10. Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor e imploram a assistência dos Espíritos bons. Purificai, pois, os vossos corações; não deixeis que nele se aloje qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que deve germinar em vossos corações e dê frutos de caridade e de justiça.

Não acrediteis, todavia, que exortando-vos incessantemente à prece e à evolução mental, estejamos vos obrigando a viverdes uma vida mística, que vos mantehna fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não, vivei como os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.

Sois chamados a entrar em contato com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede alegres, felizes, mas seja a vossa alegria a que provém da consciência reta, seja a vossa felicidade a do herdeiro do céu que conta os dias que faltam para entrar na posse de sua herança.

A virtude não consiste em assumirdes aspecto lúgubre e severo, em repelires os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta que reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador, que vo-la deu: basta que, quando começardes ou acabardes uma obra, eleveis o pensamento a esse Criador e lhe peçais, num arroubo d'alma, ou a sua proteção para que alcanceis êxito, ou a sua benção para a obra concluída. Seja o que for que façais, remontai à fonte de todas as coisas, não fazendo coisa alguma sem que a lembrança de Deus venha purificar e santificar as vossas ações.

A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; mas os deveres da caridade se estendem a todas as posições sociais, desde o menor até o maior. O homem que vivesse isolado não teria nenhuma caridade a praticar. Somente no contato com os seus semelhantes, nas lutas mais penosas é que ele encontra ocasião de praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do meio mais poderoso de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. (Cap. V, item 26.)

Não imagineis, portanto, que, para viverdes em constante comunhão conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso que vos mortifiqueis com cilício e vos cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos. Sede felizes, segundo as necessidades da Humanidade; mas, que na vossa felicidade nunca entre um pensamento ou um ato que possa ofender, ou fazer que se vele o semblante dos que vos amam e dirigem. Deus é amor; Ele abençoa aqueles que amam santamente. - Um Espírito protetor. (Bordeaus, 1863.)

(31/12/2012)

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