(Diálogo entre Inácio Ferreira e Edgar Alan Poe, em "Por Amor ao Ideal")
(E.A.P.) - E o sexo, Doutor?
(I.F.) - Encaro de um modo diferente; toda e qualquer permissividade é vício e o vício suga as energias do espírito... O pecado é aquilo que faz sofrer. Sem respeito à felicidade alheia, ninguém é feliz.
(E.A.P.) - Quando o assunto é sexo, todo o mundo vacila....
(I.F.) - Eu não vacilo. O que você quer saber?
(E.A.P.) - O senhor concorda que o sexo tenha apenas função reprodutora?
(I.F.) - Eu não concordo e nem discordo; não sou eu quem faz as leis, os usos e costumes...
(E.A.P.) - Qual a sua opinião pessoal?
(I.F.) - O que não é mal é bem. O prazer compartilhado não é imoralidade. O problema não é o sexo em si, mas as lesões que provoca no outro...
(E.A.P.) - E o marido que trai a esposa, ou vice-versa?
(I.F.) - Deveriam chegar a um consenso, liberando-se um do outro: casamento é compromisso espiritual, mas não é escravidão...
Obs: neste diálogo, Edgar Alan Poe comparece como "agênere" à residência pessoal do então Dr. Inácio Ferreira, médico psiquiatra em Uberaba. O Dr. Inácio Ferreira, na ocasião em que se deu o diálogo, ignorava esse fato.
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