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quinta-feira, 21 de março de 2013

O Livro dos Espíritos - Uniões Antipáticas - 939 e 940


UNIÕES ANTIPÁTICAS

939 Se os Espíritos simpáticos são levados a se unir, como é que, entre os encarnados, a afeição seja freqüente apenas de um lado, e que o amor mais sincero seja muitas vezes acolhido com indiferença
e até mesmo com repulsa? Como, além disso, a mais viva afeição de dois seres pode se transformar em antipatia e ódio?

– Vós não compreendeis, porque é uma punição passageira. Aliás, quantos não há que acreditam amar perdidamente, porque julgam apenas pelas aparências, e quando são obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que é apenas uma atração física! Não basta estar apaixonado por uma pessoa que vos agrada e que tem muitas qualidades; é na convivência real que podereis apreciá-la. Quantas uniões há que, de início, parecem não ser simpáticas; porém, depois de um e outro
se conhecerem e se estudarem bem terminam por se amar com um amor terno e durável, porque se baseia na estima! Não se pode esquecer que é o Espírito que ama, e não o corpo, e quando a ilusão material se dissipa, o Espírito vê a realidade. Há duas espécies de afeição: a do corpo e da alma, e toma-se freqüentemente uma pela outra. A afeição da alma, quando é pura e simpática, é durável; a do corpo é passageira. Eis por que muitas vezes os que pensavam se amar com um amor eterno se odeiam quando acaba a ilusão.

940 A falta de simpatia entre os seres que têm de viver juntos não é igualmente uma fonte de desgostos amarga e que envenena toda a existência?

– Muito amarga, de fato; mas é uma dessas infelicidades de que, freqüentemente, sois os principais responsáveis. Primeiro, são vossas leis que estão erradas. Por que acreditais que Deus obriga a ficar com aqueles que vos desagradam? E depois, nessas uniões, procurais muitas vezes mais a satisfação do orgulho e da ambição do que a felicidade de uma afeição mútua. Então suportais a conseqüência de vossos preconceitos.

940 a Mas, nesse caso, não existe quase sempre uma vítima inocente?

– Sim, e é para ela uma dura expiação. Mas a responsabilidade de sua infelicidade recairá sobre quem a causou. Se a luz da verdade já penetrou sua alma, terá consolação em sua fé no futuro; além disso, à medida que os preconceitos forem enfraquecendo, as causas dessas infelicidades
íntimas também desaparecerão.


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